Teste: BMW S 1000 XR reúne o melhor de dois mundos
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Teste: BMW S 1000 XR reúne o melhor de dois mundos
Imagine uma motocicleta que ofereça a emoção de um motor quatro cilindros com 160 cavalos de potência e o conforto de uma aventureira. Na visão dos engenheiros da BMW o resultado é a S 1000 XR, que chega agora em dezembro às concessionárias da marca alemã no Brasil. Montada em Manaus (AM), a aventureira esportiva da BMW será vendida nas cores branca e vermelha em um pacote completo (full), com todos os opcionais eletrônicos e diversos acessórios já instalados, por R$ 71.900.
A ideia de uma aventureira esportiva ou vice-versa não é criação dos alemães. A S 1000 XR é a interpretação da BMW para o segmento, inaugurado pela Ducati com a Multistrada 1200 em 2010. As aventureiras esportivas são destinadas àqueles que buscam desempenho aliado ao conforto para longas viagens, mas preferencialmente pelo asfalto.
Emoção e razão
A S 1000 XR reúne a emoção de seu motor de quatro cilindros em linha de 999 cm³ com uma ciclística mais versátil e uma posição de pilotagem confortável. O propulsor é o mesmo utilizado na versão naked, a S 1000R: oferece 160 cv de potência máxima a 11.000 rpm e torque de 11,4 kgf.m a 9.250 rpm. A eletrônica embarcada é a mais completa possível: quatro modos de pilotagem, o mais moderno controle de tração DTC, ABS Pro de última geração e suspensão eletronicamente ajustável Dynamic ESA.
O câmbio de seis marchas ainda conta com a ajuda do sistema Shift Assistant Pro, que permite subir ou reduzir as marchas sem acionar a embreagem – o único detalhe é que para descer uma marcha é preciso fechar o acelerador.
A razão aparece no quadro. Em alumínio e do tipo diamond é semelhante ao da naked, porém tem nova geometria com ângulo de cáster mais aberto e distância entre-eixos mais longa, o que proporciona melhor estabilidade em altas velocidades – ajudada pelo amortecedor de direção de série. O conjunto de suspensões oferece curso de 150 mm no garfo telescópico invertido dianteiro e 140 mm, na balança traseira monoamortecida.
Com essas mudanças, a posição de pilotagem também ficou mais racional. O guidão largo deixa o tronco ereto e as pedaleiras mais baixas não obrigam o piloto a flexionar muito os joelhos. O banco é amplo e confortável, mas a altura padrão de 840 mm deve dificultar a vida dos mais baixos – há outras duas opções: uma a 820 mm; e outra ainda mais alta a 855 mm.
O tanque de 20 litros e o parabrisa alto, ajustável em duas posições, completam as características para fazer da S 1000 XR uma boa companheira para longas viagens.
Primeiras impressões
Além do motor, a S 1000 XR herdou a identidade visual da linha “S”, como o conjunto óptico duplo e as carenagens laterais “recortadas”. Não se trata de uma vencedora de concursos de beleza e nem a mais estranha das motos. Mas o bico protuberante reforça a sensação de que a S 1000XR está calçada com as rodas erradas: por ser uma aventureira esportiva, a BMW adotou rodas de liga-leve de 17 polegadas, calçadas com pneus 120/70 na frente e 190/55, atrás – medidas de motos esportivas.
O estranhamento acaba ao montar na moto: o banco passa uma enorme sensação de conforto, os comandos estão facilmente ao alcance das mãos e logo me senti em casa ao comando da S 1000 XR. Nem mesmo o alto banco me incomodou, já que o assento é mais estreito na parte da frente, o que facilita apoiar os pés no chão.
Quem não estava em casa era a S 1000 XR, já que o primeiro contato com o novo modelo aconteceu na pista do Haras Tuiuti, um circuito travado. Afinal, a proposta do modelo é pegar a estrada. Entretanto, as muitas curvas e as subidas e descidas da pista fizeram aflorar o lado esportivo da S 1000 XR.
As rodas menores e o bom conjunto de suspensões permitiam inclinar de uma curva para a outra com bastante facilidade e confiança. A segurança é reforçada pelo excelente pacote eletrônico: rodei todo o tempo no modo Dynamic, que permite a potência máxima, ABS em funcionamento normal, o controle de tração no limite para pneus de rua e as suspensões mais firmes. Ainda há outros três modos: Rain, que reduz a potência para 148 cv e aumenta a atuação dos controles de segurança para o uso em piso molhado; Road, para o dia-a-dia com mais intervenção dos sistemas; ou Dynamic Pro para ser utilizado com pneus slick.
Infelizmente, as condições de pilotagem esportiva na pista não permitiram avaliar o conforto e muito menos a autonomia da S 1000 XR – qualidades importantes em uma motocicleta voltada para viagens. Vocação evidenciada com os opcionais incluídos no “salgado” preço da versão brasileira: manoplas aquecidas, protetores de mão, suportes para malas laterais e top case, Cruise Control, e até preparação para GPS.
Entretanto, foi possível perceber que o motor tem fôlego de sobra para viajar com esportividade e que todo o aparato eletrônico faz da S 1000 XR uma moto muito segura: os discos duplos com pinças de fixação radial na dianteira oferecem uma mordida instantânea e mal se nota o funcionamento do ABS; e o controle de tração dinâmico só atua em casos extremos.
Como a pista era um pouco irregular, deu para notar que as suspensões absorvem bem as imperfeições, mas são acertadas para o asfalto. E os pneus Bridgestone Battlax T30 voltados para o turismo não deixam dúvidas que a S 1000 XR passa longe da terra. “Não se trata de uma moto off-road”, fez questão de frisar o gerente de pós-vendas da BMW, Marco Truzzi.
Ao final do primeiro contato com a S 1000 XR ficou claro que a BMW fez um bom trabalho em reunir o melhor de dois mundos: a esportividade de seu motor quatro cilindros com muita tecnologia embarcada a uma ciclística e a uma posição de pilotagem que convida a viajar, de preferência, pelo asfalto.
Luciano Cardoso- Moderador
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Bruno Lopes- Moderador
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Re: Teste: BMW S 1000 XR reúne o melhor de dois mundos
Muito show mesmo mas em muitos testes de revistas verifiquei uma coisa unanime entre os jornalistas de que ela vibra muito apesar de ser 4 cilindros.
Albertoito.rj- 400cc
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